Hoje tive a confirmação de que seja qual a instituição, Instituto Gregoriano de Lisboa, Escola de Música do Conservatório Nacional, Escola Superior de Música de Lisboa, ou até a minha velhinha Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, não há uma ponta de nada remotamente parecido com justiça no que toca à avaliação. Falo das notas. Estúpidos parolos que se riem nas claras dos alunos após as provas de conhecimento geral de música em frente deles ao lerem respostas nos testes de ANÁLISE, professores de ANÁLISE que dão nota insuficiente para o aluno dispensar mas suficiente para ir a exame só porque, numa disciplina onde não existe um regime de frequência obrigatória (sem limite de faltas), o aluno não vai às aulas porque não lhe apetece passar o ano todo a falar das mesmas 4 obras que uma turma de atrasados mentais não compreende sequer um mísero compasso; professores ITALIANOS que por saberem realmente imenso de música antiga acham-se numa posição de avaliar filosofia de estética musical comtemporânia (Boulez em tudo tem a ver com instrumentos do renascimento, não acham?); PROFESSORES de CANTO que nem sequer tem uma pré-preparação em CANTO, que neste momento está no fim da Licenciatura, com uma nota absurda a tudo, incluindo CORREPETIÇÃO, MÚSICA DE CÃMARA E CANTO (aluno este ao qual darei o prazer da minha presença em seu exame, convenientemente realizado no feriado dia 13 de Junho); e finalmente revolta principal na discrepância de notas na disciplina de PIANO, entre nós comuns mortais e a perfeição em pessoa (pelo menos aparenta ser assim para o estimado professor). Com uma nota reles, se bem que insipidamente melhor em relação ao ano passado, irei a exame. Entenda-se, eu gosto muito do António, não é um problema com ele, mas entre 14 e 18 há uma diferença abismal, acentuada pelo simples facto de que ambos sabemos bem o que valemos, e não acho minimamente justo a discrepância de notas. Se tivesse tido menos, rolavam cabeças. É realmente triste quando nem no nosso próprio professor podemos confiar intimidade musical por causa destas merdas. Perdoem-me, mas sinceramente, ide-vos foder a todos, excelentissimos professores da ESML.