2.7.06

Lamento dos Contraltos

É uma coisa terrível ser-se Contralto quando se canta num coro
As Sopranos ficam com as passagens bonitas, toda a gente diz 'Adoro!'
Os Baixos soam como trombones, os Tenores gritam alegremente à vez
A parte das Contraltos são duas notas. Com sorte, três!

E quando cantamos música sacra, os nossos corações em louvores elevados
Os homens ficam com frases pequenas e todos os apetecíveis bocados
Os agudos cantam a melodia - ficam sempre com os melhores pedaços -
Enquanto os Contraltos cantam três notas e descansam vinte-e-dois compassos.

Não importa o que cantamos, de salmos a hinos ao Deus do Homem
O maestro olha para nós - as nossas vozes somem
Menos tempo! Mais baixo! Mais Contralto! Mais devagar! Mais corridas!
Não importa que façamos, é certo que estamos para ser corrigidas.

Oh! Vertam uma lágrima pelas Contraltos: elas são as Martas, senhores,
Que nas categorias de cantores corais são consideradas inferiores
Elas são tão humildes que muitos as esquecem e omitem
Adorariam ser sopranos, mas as cordas vocais não lho permitem.

Quando formos suavemente elevados e soar o trompete final
Sopranos, Tenores, Baixos, todos formarão o Coro Celestial
Quando cantarem Aleluias em celestiais notas bemois e sustenidas
Nós, as contraltos, a polirmos as nossas harpas no canto estaremos entretidas.

Obrigado ao Pedro Santos